Estradas de Portugal quer obrigar casal de Serzedo a abandonar habitação

Desde Outubro do ano passado que um casal e dois filhos estão a viver em condições degradantes numa habitação situada na Rua Padre José Ribeiro Dias, na freguesia de Serzedo. A casa fica situada junto à passagem da auto-estrada A7 e foi uma das muitas habitações que o Instituto de Estradas de Portugal, hoje Estradas de Portugal, expropriou para construir a via. Só que o casal que vai ficar sem casa ainda não recebeu qualquer indemnização, pelo que se recusa a abandonar a habitação.

Num processo que se arrasta desde 2002, o caso acabou por ter contornos mais complicados e menos humanos a partir de Fevereiro do ano passado.

A verdade é que, apesar de Vítor Fonseca ser genro do proprietário, legalmente é seu caseiro. O contrato de arrendamento para habitação e
indústria foi assinado em 30 de Julho de 1994, pelo que a empresa Estradas de Portugal é obrigada a indemnizar este casal.

Apesar desta situação se manter já desde Outubro passado, o caso piorou na última quinta-feira. Funcionários da empresa «Mesquita - Construção de Obras Públicas» voltaram a entrar na habitação e destruíram o telhado. Vítor Fonseca ainda pediu a intervenção da GNR, que se deslocou ao local. Mas, a verdade, é que nem as autoridades conseguiram evitar a destruição.

Não recebemos da EP qualquer resposta ao nosso e-mail onde convidavamos aquela entidade a pronunciar-se sobre o processo contencioso mantido com Vítor Fonseca.

quarta, 23 fevereiro 2005 06:33 em Sociedade

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